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Ana Maria Gonçalves

Passagens:

(1970- )

A brasileira Ana Maria Gonçalves nasceu no estado de Minas Gerais, na pequena cidade de Ibiá. Publicitária por formação, exerceu a profissão na cidade de São Paulo até se descobrir ficcionista, quando decide morar na Ilha de Itaparica, Bahia. Com uma biografia marcada por viagens, Gonçalves está entre as grandes intelectuais afro-brasileiras da contemporaneidade. Sua estreia na cena literária ocorre em 2002, com a publicação do romance Ao lado e à margem do que sentes por mim. Seu segundo romance, Um defeito de cor é considerado sua obra mais expressiva, conquistando o importante Prêmio Casa de Las Américas de 2006 como melhor romance do ano.

Além dos romances e ensaios, a autora também se dedica à dramaturgia. Em 2019, produziu o espetáculo Pretoperitamar – O caminho que vai dar aqui, escrito em parceria com a atriz Grace Passô e idealizado pela cantora Anelis Assunção. A peça cênico-musical narra a trajetória do artista brasileiro Itamar Assunção em seus 70 anos de vida, com o foco, especialmente, na sua experiência como artista negro em um ambiente cultural racista e excludente do Brasil.

Após viver em New Orleans por quase uma década, em 2014 a autora retorna ao Brasil e se dedica à luta pelo feminismo interseccional. A aguçada percepção crítica das tramas sociais que envolvem os estratos subalternizados da população é perceptível em seus ensaios publicados em jornais e revistas de circulação dentro e fora do país. Com um ativismo eloquente, a autora tem participando também de inúmeros debates no Brasil e no exterior. Suas palestras e entrevistas ratificam a personalidade forte e a inteligência de uma mulher que usa sua habilidade com as palavras para um posicionamento crítico contra as práticas de racismo presentes no mundo. Seus textos discutem os embates enfrentados pela população negra em pleno século XXI. A destreza com que entrelaça os fatos históricos com exemplos atuais sobre as formas de subjugar os corpos negros revelam uma intelectual atenta e um olhar cirúrgico.

O romance histórico Um defeito de cor pode ser considerado uma das mais expressivas obras da literatura brasileira contemporânea. O livro já se encontra em sua 28º edição e continua na lista dos mais vendidos. Em 2022, a obra teve uma edição especial com ilustrações da aclamada artista visual Rosana Paulino. A leitura de Um defeito de cor é instigante por vários aspectos, pois a mineira Ana Maria Gonçalves coloca o leitor diante de um século XIX pouco conhecido, narrado de um ponto de vista feminino e negro. A construção da protagonista invoca a experiência da diáspora literal e metaforicamente.

A obra dialoga com o modelo pós-moderno de metaficção historiográfica, fruto de uma longa pesquisa sobre o período colonial. O romance invoca a imagem de uma grande líder do movimento negro brasileiro, a lendária Luiza Mahin, e reúne, na construção da protagonista, além de Mahin, outras vozes antes silenciadas e agora resgatadas dos escombros da historiografia oficial brasileira pelo olhar atento e escrita vertiginosa de Ana Gonçalves. O romance é narrado por Kehinde, uma ibêji, que até os oito anos de idade vivia em Savalu, com sua família. Certo dia, guerreiros do reino de Adandozan invadem a casa da avó e matam brutalmente a mãe e o irmão. Após a chacina, junto da avó e de Taiwo, sua irmã gêmea, viajam sem rumo e chegam a Uidá, onde constroem uma bela amizade com Titilayo, mas pouco dura esse período de trégua, pois logo são capturadas e jogadas em um navio com destino ao Brasil. Durante a travessia, muitos são os doentes e mortos, inclusive a avó e sua irmã Taiwo, ficando Kehinde sozinha ao desembarcar na costa brasileira.

O prólogo do romance, intitulado “Serendipidades”, é um aspecto importante na construção da história que será narrada, pois leva os leitores a um místico mundo de sinais em que um gesto leva a outro e assim se chega onde precisa. A autora conta que em um passeio por uma livraria encontrou um chamado do escritor Jorge Amado para novos autores pesquisarem sobre os Malês, na Bahia e, a partir disso, Ana Gonçalves decide se mudar para Ilha de Itaparica e pesquisar sobre o Brasil colonial até chegar nas fontes que a inspiraram a construir Kehinde. Foi desse jeito que chegou até a heroica figura de Luiza Mahin, a suposta mãe do poeta Luís Gama.

Ana Maria Gonçalves mostra outra história, em que a voz do africano não finda no porão dos navios, nem se restringe unicamente à rota do tráfico negreiro. Essa voz é coletiva, ecoa nas vozes e nas ações dos sujeitos oriundos do continente africano, que contribuíram, efetivamente, para a mudança de um quadro cultural hegemônico, seja nos países colonizados, seja na sua pátria originária. Nesse sentido, o romance evoca também a concepção crítica de diáspora em que há uma intenção de seus remanescentes em contar uma história que faça mais sentido para seus enunciadores.

O romance retrata o dilema dos sujeitos diaspóricos que vivem entre o desejo de retornar à terra de origem e a necessidade de permanecer na terra de destino. A sensação de não-pertencimento é retratada logo no início da narrativa com a tentativa de apagamento das tradições e da memória cultural, no ritual de passagem pelo Atlântico negro. Assim como em outras obras da literatura brasileira, o romance descreve o navio e as condições da viagem até o Brasil, a desumanização, a precariedade e a violência imposta. Mas, diferentemente de textos como o icônico poema ¨Navio negreiro¨ do poeta condoeiro Castro Alves (1976: 277-284), que apresenta uma visão distanciada sobre as agruras da viagem, elegendo um condor como eu lírico que sobrevoa o navio e descreve os horrores vistos de cima, a narrativa de Kehinde tem um ponto de vista interno que revela as impressões, sensações e desdobramentos da viagem pelo Atlântico, bem como a capacidade de resistir a toda a violência imposta.

Nesse sentido, a obra permite que o leitor contemporâneo dialogue com o passado de forma crítica e reveja as lacunas existentes na construção da história oficial de um país em que o protagonismo negro foi silenciado. As passagens relacionadas à viagem evidenciam o vazio vivido pelos sujeitos, ora provocado pelas perdas, ora por não falarem a mesma língua, ou pela prostração da viagem. O silêncio era o prenúncio de uma vida triste, do véu que cobriria esses povos ao chegarem em seu destino. Entrar nesse véu era despir-se de tradições e ensinamentos, por isso, ao embarcar, todos tinham que deixar seus bens – inclusive os simbólicos como crenças, memória e rituais – e também colares, roupas ou qualquer objeto que lhes lembrassem da terra deixada para trás. A ideia de um silenciamento etnocultural é evidenciada também pelo ritual da troca de nomes que todos sofriam ao embarque ou desembarque do tumbeiro.

São vários os momentos da narrativa que evidenciam a consciência crítica do sujeito diaspórico. A postura indiferente da personagem diante da imposição de uma outra cultura é um aspecto importante para a classificação da obra como metaficção histórica (Hutcheon 1991) pois é uma possibilidade de leitura do passado de forma crítica que apresenta ao leitor uma nova possibilidade de ler a história à contrapelo, ou, como diria o filósofo Walter Benjamin (1994), olhar para trás e enxergar o que ficou perdido entre os escombros dos grandes acontecimentos. A personagem, teimosa e sagaz, que conta sua própria história, não raro se indigna diante da violência sofrida e vai, pouco a pouco, conquistando seus espaços e se conscientizando de sua força. Ela se descobre africana (negra) e mulher em um lugar onde se privilegiava o europeu (branco) e homem. O amadurecimento identitário da personagem é percebido à medida que a sensação incômoda por não pertencer a lugar nenhum é substituída pela necessidade de viajar para lidar com o novo, para renovar esperanças.

É possível afirmar que o ápice desse amadurecimento aparece no último capítulo do romance, quando Kehinde volta para Uidá e percebe que não pertence mais àquele lugar, mas também reflete sobre o quanto a vida em constante deslocamento foi importante para uma consciência mais crítica de sua condição. Uma das passagens mais significativas no que se refere a essa consciência crítica diaspórica é a reflexão feita pela narradora sobre o tratado do Defeito de cor. O termo que dá nome à obra se refere a um atestado assinado pelos negros que precisavam renegar sua condição étnica para ocuparem cargos oficiais ou religiosos. Ela se espanta ao ouvir de um padre que “em uma época não muito distante da nossa, os religiosos europeus se perguntavam se os selvagens da África ou os indígenas do Brasil podiam ser considerados gente. Ou seja, eles tinham dúvida se nós éramos humanos […]” (2006: 893). Kehinde demonstra a indignação que sente em relação ao defeito de cor e afirma considerar muito mais gente que o padre, mais perfeita e capaz porque, mesmo com toda violência sofrida, conquistou um lugar de respeito e prestígio na sua comunidade, diferente dele e de outros homens brancos que sempre estiveram em lugares socialmente privilegiados e pouco evoluíram intelectualmente.

A leitura da História na perspectiva dos traumas e testemunhos é um importante exercício para os Estudos Literários, uma vez que é um caminho para a compreensão de certas urgências e necessidades contemporâneas. O sociólogo inglês Paul Gilroy acredita que a arte pode ser um importante instrumento de relativização cultural e inserção da cultura negra no mundo ocidental; o autor de The Black Atlantic cita a música como exemplo de uma prática que aponta para outras possibilidades e gera outros moldes plausíveis de relacionamentos. Ampliando tal conceito para outras manifestações artísticas, é possível dizer que a escrita, neste caso, também pode ser uma “mensagem articulada do escravo para o mundo” (Gilroy 2001: 188), ou seja, a leitura de romances como Um defeito de cor coloca o leitor diante de uma realidade crítica e de um ponto de vista que colabora fortemente para um outro entendimento das relações de poder e da experiência do povo negro diaspórico do século XIX no Brasil colônia e em vários países africanos.

 

Citações

Durante dois ou três dias, não dava para saber ao certo, a portinhola no teto não foi aberta, ninguém desceu ao porão e estava quase impossível respirar. Algumas pessoas se queixavam de falta de ar e do calor, mas o que realmente incomodava era o cheiro de urina e de fezes. A Tanisha descobriu que se nos deitássemos de bruços e empurrássemos o corpo um pouco para a frente, poderíamos respirar o cheiro da madeira do casco do tumbeiro. Era um cheiro de madeira velha impregnada de muitos outros cheiros, mas, mesmo assim, muito melhor, talvez porque do lado de fora ela estava em contato com o mar. Quando não conseguíamos mais ficar naquela posição, porque dava dor no pescoço, a minha avó dizia para nos concentrarmos na lembrança do cheiro, como se, mesmo de longe e fraco, ele fosse o único cheiro a entrar pelo nariz, principalmente quando o navio começou a jogar de um lado para outro. As pessoas enjoaram, inclusive nós, que vomitamos o que não tínhamos no estômago, pois não comíamos desde o dia da partida, colocando boca afora apenas o cheiro azedo que foi tomando conta de tudo. O corpo também doía, jogado contra o chão duro, molhado e frio, pois não tínhamos espaço para uma posição confortável. (Um defeito de cor: 45)

Era esse nome que eles tinham que falar para o padre, que então jogava água sobre suas cabeças e pronunciava algumas palavras que ninguém entendia. Sabiam apenas que era com tal nome que teriam que se apresentar no estrangeiro. Foi tudo muito rápido, mas disseram que mesmo assim se formou uma grande fila diante do padre, parecendo uma cobra que ia da beira da água até quase a saída do barracão onde estivemos presos. Uma grande cobra de fogo, pois era ladeada por guardas que formavam um corredor iluminado por tochas. Alguém lembrou que o padre também tinha dito que, a partir daquele momento, eles deviam acreditar apenas na religião dos brancos, deixando em África toda a fé nos deuses de lá, porque era lá que eles deveriam ficar, visto que os deuses nunca embarcam para o estrangeiro. Quando alguém comentou isso, todos fizeram saudações aos seus orixás, eguns ou voduns, demonstrando que não tinham concordado. Um homem disse que tinha perguntado a um dos guardas onde era o estrangeiro e a resposta foi que estávamos sendo enviados para o Brasil. (idem: 50)

Estava usando um vestido também azul, do mesmo tom dos olhos ou do mar, e que se espalhava feito água ao redor dela. A sinhazinha me olhou com certo interesse, mas não retribuiu meu sorriso, provavelmente tinha me achado menos interessante e muito mais feia que os outros brinquedos, porque foi isso que a Esméria disse que eu seria para ela, um brinquedo, e era como tal que eu deveria agir, ficar quieta e esperar que ela quisesse brincar comigo, do que ela quisesse. (idem: 78)

A Esméria parou na frente dele e me chamou, disse para eu fechar os olhos e imaginar como eu era, com o que me parecia, e depois podia abrir os olhos e o espelho me diria se o que eu tinha imaginado era verdade ou mentira. Eu sabia que tinha a pele escura e o cabelo duro e escuro, mas me imaginava parecida com a sinhazinha. Quando abri os olhos, não percebi de imediato que eram a minha imagem e a da Esméria paradas na nossa frente. Eu já tinha me visto nas águas de rios e de lagos, mas nunca com tanta nitidez. Só depois que deixei de prestar atenção na menina de olhos arregalados que me encarava e vi a Esméria ao lado dela, tal qual a via de verdade, foi que percebi para que servia o espelho. Era como a água muito limpa, coisa que, aliás, ele bem parecia. Eu era muito diferente do que imaginava, e durante alguns dias me achei feia, como a sinhá sempre dizia que todos os pretos eram, e evitei chegar perto da sinhazinha. […]
E assim foi até o dia em que comecei a me achar bonita também, pensando de um modo diferente e percebendo o quanto era parecida com a minha mãe.[…]
Olhando no espelho, eu me achei linda, a menina mais linda do mundo, prometi que um dia ainda seria forra e teria, além das roupas iguais às das pretas do mercado, muitas outras iguais às da sinhazinha. Ela também deve ter me achado bonita e ficado com ciúme, pois logo deu a brincadeira por terminada e pediu que eu tirasse tudo antes que estragasse, ou antes que a sinhá Ana Felipa aparecesse e brigasse com nós duas. (idem: 85-87)

[…] achava que só no Brasil que os pretos tinham que pedir dispensa do defeito de cor para serem padres, mas vi que não, que em África também era assim. Aliás, em África, defeituosos deviam ser os brancos, já que aquela era a nossa terra e éramos em maior número. […] sentia muito mais gente, mais perfeita e vencedora que o padre. Não tenho defeito algum e, talvez para mim, ser preta foi e é uma grande qualidade, pois se fosse branca não teria me esforçado tanto para provar do que sou capaz, a vida não teria exigido tanto esforço e recompensado com tanto êxito. Eu me sinto muito mais orgulhosa de ter nascido Kehinde do que se tivesse nascido padre Clement, um bom homem, com certeza, mas que se submetia à necessidade de agradar aos brasileiros ricos em Lagos e em Uidá para se estabelecer com segurança e conforto nessas cidades. No início, ele só se aproximou de mim porque ficou sabendo que eu tinha influência e dinheiro […] depois de algum tempo passou a gostar de mim. […] Acho que sou melhor do que ele […] por tê-lo aceitado interesseiro e ter dado chance para um outro tipo de sentimento, quase amizade. (idem: 896)

Quantas vezes já não ouvimos ou lemos frases como: “tenho medo de que as cotas levem ódio racial para as universidades”, “tenho medo de que o Brasil se transforme em uma nova Ruanda – ou África do Sul, ou EUA”, “tenho medo de que o critério racial das cotas divida o Brasil em dois”, “tenho medo de que os rolezinhos transformem os shoppings em praças de guerra”. E por aí vai. Mas me parece que esses medos são apenas fachada para os verdadeiros, os mais profundos, aqueles que ainda não têm ou não precisam ter nome. Porque é desejável que fiquem na ordem do indizível, partilhado em códigos para iniciados que querem continuar escolhendo quem também pode ser iniciado e, na condição de representantes naturais da “raça humana”, falar e decidir pelos que não o são. Para isso, é necessário que muitos tenham medo.
Porque o medo está entre as emoções mais poderosas. Ele paralisa, fecha os olhos e contrai a garganta, interrompe o pensamento, faz com que queiramos que as coisas permaneçam exatamente como sempre estiveram. Mudar pra que, se já sabemos lidar com o assim? Incluir o outro pra que, se não sabemos o que ele vai fazer no mundo com o qual já nos acostumamos e está bom pra nós? É disso também que o racismo se alimenta: do medo que silencia. Principalmente se for medo coletivo. Para entendê-lo e combatê-lo é preciso perder o medo de falar sobre ele. Falar mais. Falar mais alto. Falar de novo. E de novo. E mais. E alto. Pegar o dedo indicador que até então tem servido para codificá-lo sobre a pele branca, às escondidas dos negros, e usá-lo para apontar os problemas, as dúvidas, os ressentimentos, as mágoas, as culpas fundadas e infundadas, a neutralidade. E porque racismo, sempre envolto em tanto medo, é assunto sobre o qual estamos apenas engatinhando, poderíamos iniciar nossa conversa nos fazendo em voz alta uma pergunta bastante simples, mas corajosa:
– Atrás de que medo escondo meu racismo? (¨O medo da raça humana¨ – Portal Geledés, disponível em: https://www.geledes.org.br/o-medo-da-raca-humana-por-ana-maria-goncalves/)

 

Bibliowebgrafia Ativa Selecionada

Gonçalves, Ana Maria (2002), Ao lado e à margem do que sentes por mim. Salvador, Borboletras.

— (2006), Um defeito de cor. Rio de Janeiro, Record.

— (2010), ¨Lobato, não é sobre você¨. Portal Geledés. Novembro de 2010, disponível em: https://www.geledes.org.br/ana-maria-goncalves-lobato-nao-e-sobre-voce-que-devemos-falar/

— (2014), ¨O medo da raça humana¨. Portal Geledés. Janeiro de 2014, donsultável em: https://www.geledes.org.br/o-medo-da-raca-humana-por-ana-maria-goncalves/https://www.geledes.org.br/ana-maria-goncalves-lobato-nao-e-sobre-voce-que-devemos-falar

— (2017), ¨Os privilegiados estão preparados para a verdadeira meritocracia? ¨ Intercept Brasil. Agosto de 2017, disponível em https://www.intercept.com.br/2017/08/09/os-privilegiados-estao-preparados-para-a-verdadeira-meritocracia/https://www.geledes.org.br/ana-maria-goncalves-lobato-nao-e-sobre-voce-que-devemos-falar

 

Bibliowebgrafia Crítica Selecionada

Alves, Castro (1976), ¨Navio Negreiro¨, in Castro Alves, Obra completa. Rio de Janeiro, Nova Aguilar: 277-284.

Arruda, Aline. A ancestralidade em arte na exposição Um defeito de cor. Portal Literafro. Março, 2023, disponível em: http://www.letras.ufmg.br/literafro/resenhas/ficcao/1774-ana-maria-goncalves-a-ancestralidade-em-arte-na-exposicao-um-defeito-de-corhttps://www.geledes.org.br/ana-maria-goncalves-lobato-nao-e-sobre-voce-que-devemos-falar

Benjamin, Walter (1994), Magia e Técnica, arte e Política: ensaios sobre literatura e história da cultura – Obras Escolhidas, Vol. I. 7a ed. Trad. Paulo Sérgio Rouanet. São Paulo, Brasiliense.

Côrtes, Cristiane (2010), ‘Viver na fronteira’: a consciência da intelectual diaspórica em ‘Um defeito de cor’, de Ana Maria Gonçalves. Dissertação de mestrado em Teoria da Literatura. Belo Horizonte: Departamento de Letras, UFMG, disponível em: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-83SG

Duarte, Eduardo Assis (2011) (org.), Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Belo Horizonte, editora UFMG, vol. 3, Contemporaneidade.

Figueiredo, Eurídice (2011), “Resiliência como resistência na escrita de Ana Maria Gonçalves”. In Bolaños, Aimée G.; Benavente, Lady Rojas. (Org.), Vozes negras das Américas: diálogos contemporâneos, Rio Grande (RS), Editora da FURG: 275-288.

Figueiredo, Eurídice (2009), “Kehinde”. In: Souza, Lícia Soares de (Org.), Dicionário de personagens afro-brasileiros. Salvador, Quarteto: 180-186.

Gilroy, Paul (2001), O Atlântico Negro: modernidade e dupla consciência, trad. de Cid Knipel Moreira. São Paulo, Editora 34.

Hutcheon, Linda (1991), Poética do pós-modernismo: história, teoria, ficção, trad. Ricardo Cruz. Rio de Janeiro, Imago.

Silva, Adriana Minervina (2003), Retratações da memória: os efeitos do colonialismo na subjetividade da mulher negra em um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife. Consultável em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50417

Entrevista programa Roda Viva: https://www.youtube.com/@rodaviva/search?query=ana%20maria%20gon%C3%A7alves

Portal Literafro: http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/443-ana-maria-goncalves

Autor(a): Cristiane Côrtes | Lattes


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Cristiane Côrtes, "Ana Maria Gonçalves", Diásporas em Português, ISBN 978-989-35462-0-8, 12 de Fevereiro, 2024, https://diasporasemportugues.ilcml.com/glossary/ana-maria-goncalves/

Verbetes de Cristiane Côrtes: Ana Maria Gonçalves, Conceição Evaristo,