(1929-2006)

«Uma biografia é feita de nomes, porque é feita de pessoas e nunca de uma só» (Costa 1979: s.p.). Esta citação de Orlando da Costa é emblemática de como a sua obra literária resultou de uma grande experiência coletiva, em que ambos «eu lírico» e «eu narrativo» se confundem e cedem espaço ao canto comum de diversos povos. Com o coração e a cabeça em Lisboa, e os olhos virados para a Índia – uns olhos sem fronteira para parafrasear o título de um dos seus mais apreciados, e censurados, livros de poesia – Orlando da Costa fez da sua identidade de sujeito diaspórico o marco da carreira literária, sem nunca, porém, tornar a sua obra explicitamente autobiográfica. Como o próprio escritor declarou numa entrevista dada ao Diário Popular em 1975, nunca escreveu um livro sobre si, porém, tudo aquilo que escreveu tem a ver com ele, comparando o livro a uma viagem, em cujo itinerário o escritor vai se reencontrando. Orlando da Costa nasceu no dia 2 de julho de 1929 em Lourenço Marques (hoje Maputo), no seio de uma família indiana: pai goês e mãe originária de uma família de Damão. Em 1931, viajou pela primeira vez a Goa, enquanto, a partir de 1935, ainda criança, o encontramos em trânsito entre Brasil e Portugal. Posteriormente, por causa dos problemas de saúde da mãe, foi entregue aos cuidados dos tios em Margão. A infância e a adolescência em Goa foram edificantes na sua precoce carreira literária. Estudou até ao 6º ano no Instituto Abade Faria em Margão e, com apenas 15 anos, participou num concurso literário promovido pelo Liceu Afonso de Albuquerque, alma mater dos filhos das elites católicas goesas, mas também casa de jovens poetas. Aqui deu-se o seu primeiro reconhecimento literário: o seu poema ganhou o 1º prémio e foi publicado na revista Ala: Revista do Centro Escolar nº 1 da Mocidade Portuguesa, publicação periódica de fomento, com uma forte conotação colonial. A seguir, mudou-se para Pangim para terminar o 7º ano no mesmo liceu que o tinha galardoado.
Em 1947, com 18 anos de idade, emigrou para Lisboa, onde estudou na Faculdade de Letras e entrou em contacto com os jovens da Casa dos Estudantes do Império (CEI), tendo-se tornado Presidente da Secção da Índia em 1952, quando a organização da casa sofreu alterações significativas impostas pelo governo, com vista a dissolver a estrutura democrática que até então tinha suportado o seu funcionamento. Tornou-se amigo íntimo de Mário Pinto de Andrade, e companheiro de luta política de outros militantes africanos como Amílcar Cabral, Lúcio Lara, Marcelino dos Santos e Agostinho Neto. Este último definiu Orlando da Costa como poeta autêntico, por englobar na sua obra referências da tradição literária europeia e, simultaneamente, dos poetas da negritude, como Aimée Césaire a quem dedicou o poema «Canção do petit matin». Sobre os anos na CEI e a sua relação com os estudantes africanos, Costa escreveu que é a partir dessa experiência que «a minha integração se faz social e politicamente e é dela também que decorre a minha experiência de escritor» (Costa 1975: s.p.). Nos anos da CEI e da militância antifascista estão inspirados o romance censurado Podem chamar-me Eurídice… de 1964 – história clandestina de amor entre dois universitários, cuja parte da ação desenrola-se num quarto inspirado na residência de Mário Pinto de Andrade – e Os netos de Norton de 1994, publicado já em democracia.
Entre 1950 e 1953 foi detido várias vezes pela PIDE, onde resultava ser «referenciado como desafecto às Instituições vigentes, professando ideias comunistas» (Relatório da PIDE/DGS, PR. 2603-CI (2) NP. 7220, 1963). Entre outubro 1952 e março 1953, chegou a cumprir uma pena de cinco meses e uma semana na prisão de Caxias, onde terminou de escrever a sua dissertação final de curso. Nessa mesma época, aderiu ao MUD Juvenil e, em 1954, ao Partido Comunista. Os anos da sua juventude militante em Lisboa foram também os anos da sua afirmação enquanto poeta neorrealista. De facto, em 1951, apadrinhado pelo escritor Armindo Rodrigues – a quem foi introduzido por Mário Pinto de Andrade e pelo poeta são-tomense Francisco José Tenreiro, ambos sócios da CEI –, teve o seu primeiro livro de poesia publicado pelo Centro Bibliográfico de Lisboa, no âmbito da coleção Cancioneiro Geral. O livro era A estrada e a voz, enquanto em 1953 publicou Os olhos sem fronteira. O seu terceiro volume de poemas, Sete odes do canto comum, foi apreendido quando ainda na tipografia. Sobre este acontecimento, Costa escreveu: «Em 1955, aquele que teria sido o meu terceiro livro publicado foi assaltado como um cidadão suspeito, na Calçada de S. Francisco e na Rua do Loreto, e a partir daí silenciado» (Costa 1979: s.p.). Essa apreensão engatilhou a censura dos livros anteriores, dos quais os romances O signo da ira de 1961 e Podem chamar-me Eurídice… de 1964 partilharam o mesmo destino.
Em 1956, encontramo-lo entre os sócios fundadores da Sociedade Portuguesa de Escritores (SPE), atuando como vogal da direção até ao fecho decretado pela ditadura salazarista, em 1965. A SPE foi fechada após a atribuição do Grande Prémio de Novelística ao livro Luaanda do escritor angolano Luandino Vieira, que se encontrava então preso no campo do Tarrafal, em Cabo Verde. Na realidade, já em novembro de 1962, Luandino Vieira tinha recebido o primeiro prémio do Concurso Literário da CEI, cujo júri era integrado por Orlando da Costa. Ainda no mesmo ano, o próprio escritor goês tinha experienciado uma situação de constrangimento parecida ao receber o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências, pela publicação do romance O signo da ira, então sob censura. No discurso de recebimento do dito prémio, Costa afirmou: «um júri que premeia a obra de um escritor, ao premiar a sua qualidade literária, premeia e incentiva, antes de mais, o sentimento de liberdade com que ela foi criada» (Costa, 1962, 2). É possível que tenha sido o espírito com que apoiou a candidatura de Luandino Vieira, primeiro ao prémio da CEI, de depois ao da SPE, a evidenciar -lhe a condição paradoxal de escrever em liberdade num contexto de detenção e confinamento compulsivos.
O neorrealismo, a sua «grande motivação literária», influenciou a escrita do romance O signo da ira, o qual representa o seu regresso simbólico a Goa. O romance, ambientado no fim da segunda guerra mundial numa aldeia do campo goês, Torsan-Zori, aborda problemáticas sociais que vão desde a exploração dos trabalhadores agrícolas à violência colonial e ao abuso do corpo feminino. Mas como o próprio Costa afirmou numa entrevista de 1988, o meio social e físico de Goa não constituem apenas uma ambientação, mas são parte integrante da própria narrativa. Costa foi levado a escrever essa história por razões que ele definiu como cívicas, ao mesmo tempo que foi despertado por «uma espécie de nacionalismo, uma necessidade de intervir, de “nos” afirmarmos, de eu não me sentir desenraizar». (Costa 2019: 21) Nesse sentido, o neorrealismo deu-lhe a possibilidade de conciliar as preocupações sociais e o seu compromisso político com a forma e o estilo. Apesar dacensura a que esteve sujeito, a atribuição do Prémio Ricardo Malheiros, em 1962, fez com que o romance fosse reposto no mercado editorial e se esgotasse rapidamente, dando lugar à publicação de uma segunda edição no mesmo ano pela Editora Arcádia. Em 2017, a editora goesa Goa 1556 lançou a tradução inglesa do romance sob o título The Sign of Wrath. Traduções de excertos dessa obra aparecem também nos livros Pivoting on the Point of Return: Modern Goan Literature, editado por Peter Nazareth em 2010, e Ferry Crossing: Short Stories from Goa, editado por Manohar Shetty em 1998.
Em 1964, foi a vez de o romance Podem chamar-me Eurídice… ser atingido pela censura «dada a sua índole acentuadamente revolucionária e o despudor que o caracterizam» (Relatório de censura, 13-2-1965). Pelo contrário, o drama em três atos Sem flores, nem coroas, publicado em 1971, conseguiu escapar ao lápis azul. A peça, originariamente intitulada Requiem por um civil, é um drama familiar que se dána última noite dos portugueses na Índia, nas vésperas da chegada a Goa do exército da União Indiana a dia 18 de dezembro 1961. Em 2017, foi publicada a sua tradução inglesa No Flowers, No Wreaths, enquanto em janeiro de 2020, a peça foi levada pela primeira vez ao palco pela encenadora Fernanda Lapa. Em 1973, junto com outras personalidades do panorama português, Costa fundou a Associação Portuguesa de Escritores, da qual integrou a direção em 1983, 1985 e 1988. Em 1979 reuniu toda a sua produção poética no livro Canto civil, o qual junta os três livros de poesia censurados na década de 50 com poemas inéditos, recolhidos sob o título O coração e o tempo. Em 1984, publicou a peça A como estão os cravos hoje?, uma conversa entre três homens num cemitério, que se dá na noite entre 24 e 25 de abril de 1974. Apesar de a peça não ter sido encenada, foi premiada no Concurso de textos originais para teatro da companhia Seiva Trupe do Porto.
A militância política de Orlando da Costa durante o salazarismo fez com que fosse afastado do ensino público e particular, campo em que trabalhou por um breve período em juventude. Por causa disso, virou-se para o mundo da publicidade, onde exerceu ao longo da vida toda. Depois da publicação de A como estão os cravos hoje?, abrandou a sua produção literária sem, porém, abandonar o cenário público. Em 1994 publicou Os netos de Norton, inspirado nas experiências dos estudantes ultramarinos que se organizaram à volta da CEI, na década de 50. A dez anos de distância da publicação da sua última obra, e a trinta anos do seu último romance, Orlando da Costa regressou ao público com um livro sobre a sua geração. Sobre isso, o escritor confessou numa entrevista de 1994: «O livro não teve a intenção de ser geracional, mas a certa altura descobri uma coisa que foi importante na minha vida e isso determinou a referência geracional: foi a experiência da Casa dos Estudantes do Império. E percebi o que é que o livro ia ser» (Costa 1994: s.p.). A escrita de Os netos de Norton começou em 1971 e foi lenta e sofrida, devido também ao abalo emocional causado por uma viagem a Goa em 1974 – após vinte e sete anos de ausência –, que o levou a começar outro romance ambientado na Índia logo no regresso a Lisboa. Essa fase criativa indiana iniciada em 1974 terminou apenas em 2000 com a publicação do romance de formação O último olhar de Manú Miranda. Nesse sentido, a escrita dos dois romances foi-se alternando durante mais de duas décadas, tendo-se influenciado reciprocamente. Apesar de o próprio Costa considerar O último olhar de Manú Miranda o livro que fecha a sua trilogia goesa iniciada em 1961, esta obra literária ganha maior sentido se lida em contraponto com Os netos de Norton. Sendo um inspirado na sua juventude na metrópole, e o outro na juventude que poderia ter vivido na colónia, os dois romances são representativos de «este duplo enraizamento, aparentemente dadivoso» (Costa, 1985, 22) mas «indomavelmente traiçoeiro» (Costa, 1985, 22) que caracteriza a literatura deste escritor diaspórico.
Em outubro 2000, o Museu do Neo-Realismo de Vila Franca de Xira organizou a exposição documental Os olhos sem fronteira, exibindo a produção bibliográfica completa do escritor, bem como uma seleção de fotografias pessoais. A este museu, Costa doou parte do seu espólio literário em maio 2000, o qual foi sucessivamente integrado pela sua biblioteca particular, doada pelos herdeiros em 2016. Orlando da Costa faleceu em Lisboa no dia 27 de janeiro de 2006, e o seu último livro Vocações evocações: poesia foi publicado em 2004.
Citações
Como um rio que corre sem declive, os avós morrem, os pais envelhecem, muito longe, muito além do alto mar, e nós, como se não déssemos por nada, para além do luto distante e passageiro, tecendo com os meses e os anos diálogoso fortuitos e inacabados, olhando no espelho a primeira ruga sem sobressalto como se já estivesse traçada no rosto desde a adolescência. E tudo acontece com impune naturalidade na infância e parece continuar a acontecer a menos que algo de violento preceda o dia amanhã, como partir da terra para a metrópole ou regressar sem vitória ao cais de partida. (Os netos de Norton, 1994: 123)
Fundeámos antes do sol se pôr, junto ao cais do velho porto de Mormugão, soterrado por toneladas de minério, donde um dia eu partira sem remorso, numa despedida de ideais e com o frescor dos dezoito anos, desconhecendo as dolorosas e equívocas ansiedades dos regressos tardios e, sobretudo, ignorando o súbito temor que, em cada dia de viagem a partir do mar Vermelho, se foi em mim acumulando, de não encontrar, à chegada, entre os sobreviventes da minha geração, ninguém que me reconhecesse ou a quem eu me pudesse dirigir numa das duas línguas da minha infância: um sonho tão real e alucinante em que, para seguir o caminho até à minha casa, onde me esperava florida a eterna velha árvore de champá, eu era obrigado a pensar até ao arrependimento que a minha longa ausência fora o pecado responsável pela mudança de todos os trajectos do labirinto da minha identidade. (Os netos de Norton, 1994: 267-268)
Durante a longa viagem solitária escreveu uma igualmente longa carta ao sobrinho, onde entre outras coisas, repetia o que lhe dissera na conversa que tinham tido, a sós, na véspera da sua partida e que se resumia no seguinte: se ele quisesse continuar os estudos em Portugal, que fosse para Coimbra ou Lisboa para se fazer doutor em leis; de contrário, que viesse até África experimentar a sua sorte e pôr à prova as suas capacidades e vontade de se fazer um homem com futuro, sem se sentir tão desenraizado como iria, certamente, acontecer, se preferisse ir para a metrópole, porque em Moçambique havia tantos goeses e de quase todas as castas, que o fariam em muitas e muitas circunstâncias sentir-se em casa. (O último olhar de Manú Miranda, 2000: 140)
…debato-me com muita frequência na escolha das minhas vivências: como sabe, há na minha produção de ficcionista e dramaturgo, dois espaços socio-geográficos diferenciados – a Índia, da minha infância, adolescência e juventude, e Portugal, onde fiz dos vinte aos cinquenta um percurso calejado de adulto e penso que de certo modo rico. Porque não provinciano; diversificadamente humano; seriamente militante; alegramente boémio. Ora bem, este duplo enraizamento, aparentemente dadivoso é indomavelmente traiçoeiro, garanto-lhe. (Entrevista de Armando Baptista-Bastos para o Diário Popular publicada no dia 31 julho de 1985, em ocasião da 3ª edição de Podem chamar-me Eurídice…)
Sempre me senti consciente dessas raízes e isso, de certo modo, colocou-me na sociedade portuguesa numa posição de ter sempre presente a importância da diferença. Fui desde a minha adolescência um indianófilo, o que, reconheço, abafava o que se poderia chamar a identidade goesa. Nesse sentido, a importância civilizacional da Índia contribuía para um verdadeiro orgulho, que, no entanto, me parecia afectado pelo facto de ser goês, isto é, representante de uma comunidade culturalmente híbrida e historicamente fragilizada, sujeita a influências de uma cultura importada europeia ou melhor, europeizante, mais concretamente portuguesa que, a bem dizer, foi mais redutora do que amplificadora, sobretudo se abstrairmos a importância positiva e negativa do Cristianismo. (Entrevista de Eufemiano Jesús de Miranda realizada em 1988 e publicada em 2012 no livro Oriente e Ocidente na literatura goesa: realidade, ficção, história e imaginação, Saligão, Goa 1556: 138)
Bibliografia Ativa Selecionada
Costa, Orlando da (1951), A estrada e a voz. Lisboa, Centro Bibliográfico.
– (1953), Os olhos sem fronteira. Lisboa, Centro Bibliográfico.
– (1955), Sete odes do canto comum. Lisboa, Centro Bibliográfico.
– (1961), O signo da ira. Lisboa, Arcádia.
– (1964), Podem chamar-me Eurídice… Lisboa, Arcádia.
– (1971), Sem flores nem coroas: peça em três actos. Lisboa, Seara Nova.
– (1979), Canto civil. Lisboa, Caminho.
– (1984), A como estão os cravos hoje?: peça em cinco quadros. Lisboa, Ulmeiro.
– (1994), Os netos de Norton. Porto, ASA.
– (2000), O último olhar de Manú Miranda. Lisboa, Âncora.
– (2006), Vocações evocações: poesia. Lisboa, Caminho.
Bibliografia Crítica Selecionada
Baptista-Bastos, Armando (1985). «Uma história de amor entre dois crepúscolos». Recorte de imprensa do jornal Diário Popular, 31 de julho, 22. Espólio de Orlando da Costa. A15/5.27. Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira.
Costa, Orlando da (1962). «Depoimento de Orlando da Costa, prémio Ricardo Malheiros», Jornal de Letras e Artes, ano I, nº 45, 8 de agosto, 1-2. Espólio de Orlando da Costa. A15/5-17. Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira.
– (1975). “O ofício de escrever. Resposta ao inquérito de O Diário Popular”. Documento datilografado, maio de 1975. Espólio de Orlando da Costa. A15/5-25. Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira.
Garmes, Helder (2014), «Colonialismo e conflito cultural em O signo da ira de Orlando da Costa». In: Machado, Everton V., Braga, Duarte D. (2014). Goa portuguesa e pós-colonial: literatura, cultura e sociedade. Lisboa, Húmus, pp. 237-252.
Lepecki, Maria Lúcia (1979), «As fronteiras da voz». In: Costa, Orlando da. Canto civil. Lisboa, Caminho.
Machado, Everton V. (2011), «Goa na literatura indo-portuguesa». Via Atlântica, v.12, nº 1, 45-56.
Miranda, Eufemiano de Jesus (2012). Oriente e Ocidente na literatura goesa: realidade, ficção, história e imaginação, Saligão, Goa 1556.
Rodrigues, M. Filomena de Brito Gomes, (2019), «Sem Flores nem Coroas: Reflections on the Play by Orlando da Costa». In: Castro, Paul Melo e, Colonial and Postcolonial Goan Literature in Portuguese: Wowen Palms. Cardiff, University of Wales Press, pp. 197-213.
Santos, Mário (1994). «Eu deveria ter escrito mais livros». Recorte de imprensa do jornal Público, 9 de abril. Espólio de Orlando da Costa. A15/5-33. Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira.
Spina, Daniela (2019), «Indianidade e indianização da criação literária num texto crítico de Orlando da Costa». Vértice, Julho-Setembro 2019, 25-35.
Torres, Alexandre Pinheiro (1985), «Os imprescindíveis nexos mito-realidade e morte-transfiguração». In: Costa, Orlando da. Podem chamar-me Eurídice… Lisboa, Ulmeiro.
Autor(a): Daniela Spina | CiênciaVitae | ORCID | DOI