(1942 - )
Escritor português, nascido em Lisboa, no Bairro de Benfica, cujo espaço toma para cenário dos livros que compõem o ciclo de Benfica, o terceiro da sua produção romanesca: Tratado das paixões da alma (1990), A ordem natural das coisas (1992) e A morte de Carlos Gardel (1994). Após a conclusão da licenciatura em Medicina, na Universidade de Lisboa, foi destacado como médico militar durante a guerra colonial, em Angola (Luambala Guimbo, Chiume e Malanje), onde permaneceu entre janeiro de 1971 e março de 1973. Em África conhece o inferno de que, de modo mais ou menos intenso, preenchem a pauta narrativa de Memória de elefante (1979), Os cus de Judas (1979) e Conhecimento do inferno (1980), e que, com ramificações que se estendem ao período pós-colonial, às suas características e consequências, se traduzirá numa linha temática obsessiva que percorre praticamente toda a sua obra. É neste espaço, e com as suas gentes, que aprende a noção de tempo que utiliza nos seus romances, um tempo dilatado, indefinido, sem fronteiras nítidas, exatas. Um tempo que é escrito “por detrás, às avessas” (Blanco, 55), sofrendo sucessivos alargamentos e dilatações que pressupõem o exercício de desvios e de irradiações diversas, em regime polifónico que progressivamente caracterizará o seu estilo de forma mais sistemática, podendo confundir o leitor mais habituado a narrativas lineares.
De acordo com o que lemos em Conhecimento do inferno, é durante este período que escreve “o longo romance que não publicaria nunca, que não publicarei nunca e do qual todos os meus livros se alimentam” (p. 76), referindo-se a Dilúvio, título que, em D’este viver aqui neste papel descripto (que em 2016 virá a ser adaptado para o grande ecrã por Ivo Ferreira) sabemos ser posteriormente alterado para um outro que “lhe fica a matar” (p. 115, cf. p. 45): O Voo Nupcial de J. Carlos Gomes. O teor das passagens do romance transcritas na correspondência publicada por Maria José e Joana António Lobo Antunes e o conteúdo das cartas escritas consubstanciam, inegavelmente, o laboratório da escrita antuniana: porque, por um lado, elas certificam a apetência do autor para a irrisão e/ou para a crítica histórico-social cáustica, em clave de um certo humor burlesco que percorre a sua obra, mas ilustrada, exemplarmente, pelos romances das fases acima mencionados e pelos que fazem parte dos ciclos das contra-epopeias (Explicação dos pássaros, 1981; Fado alexandrino, 1983; Auto dos Danados, 1985 e As naus, 1988) e do poder (O manual dos inquisidores, 1995, O esplendor de Portugal, 1997, Exortação aos crocodilos, 1999, e Boa tarde às coisas aqui em baixo, 2003). Por outro lado, porque esses textos confirmam não apenas um característico despudor sentimental (patente nos três primeiros romances, pertencentes ao ciclo autobiográfico ou de aprendizagem), mas também atestam as estreitas ligações ao real efetivamente vivido em tempo de guerra. A este aliar-se-ão a realidade conhecida através de terceiros, como confessa em entrevista dada em 1992 a Ana Sousa Dias, ou, ainda, a vida por si experienciada como médico psiquiatra no Hospital Miguel Bombarda. Exceção (sempre relativa) feita ao romance Até que as pedras se tornem mais leves que a água (2017), pertencente ao último ciclo, o da finitude) as obras posteriores a Não entres tão depressa nessa noite escura (2000), primeira da fase das contra-epopeias líricas, até ao recente O tamanho do mundo (2022), com, pelo meio as narrativas do ciclo do silêncio (entre 2008 e 2014), parecem afastar-se, diluindo-a, da reconhecida obsessão temática por África ou pela memória que a vários níveis dela tem António Lobo Antunes.
Uma leitura mais atenta revela, porém, que, mesmo nos romances não diretamente enraizados no espaço ultramarino (ou, para o mesmo efeito, como acontece em algumas das crónicas), é sempre possível sentir o cheiro da terra de África. Recordem-se, a título de exemplo, Explicação dos pássaros, em cujas páginas as colónias se fazem presentes no tão veemente quanto racista breve discurso do pai de Rui S. acerca “da nossa obra civilizadora em África” (p. 126); Auto dos Danados, onde, por entre múltiplas indicações que revelam também a dissolução de costumes, a prepotência, os receios e os medos de certos estratos sociais após a Revolução de Abril, África se prolonga sub-repticiamente na própria decoração da casa de Nuno (“os chifres africanos do bengaleiro”, pp. 23-24). Neste mesmo romance, África marca presença direta nas lembranças dessa personagem sobre os negócios do pai, a quem interessava a fortuna que a continuação da guerra em Angola poderia trazer (p. 58). Numa notação mais indireta, referem-se os efeitos da descolonização, dando conta daqueles que vieram para a metrópole (p. 89). Em A ordem natural das coisas, além da menção à “barafunda da independência” (p. 92), encontramos Iolanda, nascida em Moçambique, e Lucília, a mulata que veio de Angola; em A morte de Carlos Gardel alude-se a “um bairro de ciganos, de pobres e de gente de África no lombo da encosta” (p. 15) e fala-se de Celeste, “a porteira negra, que era de São Tomé” (p. 76). No que diz respeito à presença sistemática de África na narrativa antuniana, destacam-se Os cus de Judas, O esplendor de Portugal, Boa tarde às coisas aqui em baixo, O meu nome é legião, Até que as pedras se tornem mais leves que a água, A outra margem do mar (2019), o conto A história do hidroavião (1994) e, de forma enviesada, As naus.
No primeiro, em urdidura romanesca que interage estreitamente com Memória de elefante, narra episódios da sua vida militar (e também afetiva) onde contracena com outros atores do teatro da guerra, para cuja deflagração, a 4 de fevereiro de 1961, contribuíram os acontecimentos narrados no romance de 2019. Referimo-nos à Revolta da Baixa do Cassanje, a 4 de janeiro desse ano, em que milhares de camponeses da companhia luso-belga Cotonang se sublevam contra o regime colonial português, maneira outra de dizer a diáspora portuguesa em África, incendiando as plantações de algodão. Os cus de Judas contribui indelevelmente para o traçar do retrato do que foi essa ocupação colonial, bem como do que foi a diáspora forçada de milhares de homens-militares e dos seus efeitos traumáticos. Um retrato que conta ainda com a descrição das paisagens que percorreu, e das quais nos faz sentir os cheiros, ouvir os sons ou ver as cores; um retrato que visa, na sua essência, combater o esquecimento, o “fenómeno de amnésia coletiva”, que, como diz a Maria Luisa Blanco (p. 58), marcou o Portugal pós-Revolução de Abril. Neste âmbito, não podemos deixar de considerar uma outra diáspora: a dos abonados e coniventes com o regime do Estado Novo que, após a Revolução dos cravos, se veem forçados a exilar-se em terras estrangeiras, principalmente no Brasil, tal como sucede com a família de Inês, mulher do alferes Jorge, de Fado alexandrino; com os pais de Rui S., de Explicação dos pássaros; com Ana e os seus familiares, em Auto dos danados ou com a família de Francisco, ex-ministro de Salazar, em O manual dos inquisidores.
Ilustrativo da presença portuguesa em Angola e, de igual modo, da diáspora dos que daí regressaram depois da independência, a 15 de novembro de 1975, é o romance que carrega o irónico título O esplendor de Portugal, que chama a atenção para a “pretensa glória de Portugal colonial e descreve um universo de degradação e de ruína moral” (Blanco, p. 63). A narrativa, ancorada nas vozes de Isilda (a mãe), Carlos (o filho adotivo), e Rui e Clarisse (os filhos) – “um mestiço, um epiléptico, uma prostituta” p. 236) –, intercala a memória do tempo colonial e das relações complexas entre colonos e africanos com a vivência do pós-colonial e das igualmente complexas relações com os brancos de Lisboa. Em simultâneo apresenta-nos as consequências dramáticas do poder militar no inferno da guerra civil (1975-2002), e, em ponto de vista de Isilda, que, como outros, se recusa a abandonar a fazenda e a regressar a Portugal, a manutenção da mentalidade colonial: “tomem, matem-nos se lhes apetecer, tomem, estamos aqui há vinte ou cinquenta ou cem ou duzentos anos mas tomem, o meu girassol, o meu algodão, o meu milho, a minha casa, o meu trabalho, o trabalho dos meus pais” (p. 297).
De modo diverso, porém, afim, colocam-se em cena práticas neocoloniais, que em Boa Tarde Às Coisas Aqui Em Baixo se travestem na ganância (trágica) do tráfico de diamantes no espaço angolano. Mas, para o que agora interessa, a narrativa centra-se também na história, na vivência, dos três filhos que viajam para um país que não sentem como pátria e para uma Lisboa que não conhecem e à qual não conseguem adaptar-se, principalmente Carlos, comprado por Isilda a uma empregada da Cotonang amante do marido, Amadeu (pp. 95-96). O mesmo sucede com Artur, personagem do conto A história do hidroavião, que, com o cego, em permanente inadaptação ao espaço português, não conseguem esquecer África numa Lisboa onde “as pessoas fugidas à guerra” construíam um “acampamento de pobres”, uma “aldeia de miséria” (p. 9), “martelavam cabanas num baldio de ervas frente aos vapores do Tejo, entre armazéns ao abandono e um hidroavião que era o esqueleto de um morcego com a pele de lona a desfazer-se debaixo da surpresa das gaivotas” (p. 7). E, por isso, não deve estranhar-se que, no final, em voo imaginado, ambos desapareçam, levados por essa aeronave cuja presença pontua esta e outras narrativas do autor.
Tocando ainda a questão da busca identitária que Carlos protagoniza, ou pela qual agoniza, também O meu nome é legião se constrói a partir de toda essa matéria humana que foi/é, ainda, o resultado (inevitável?) de um processo de descolonização que não houve tempo para pensar apropriadamente. Reportamo-nos aos muitos homens e mulheres descendentes em segunda ou terceira geração dos que, no pós-25 de Abril – ou para fugir às guerras civis ou, simplesmente, para tentar melhores condições de vida –, optaram por regressar a um país que, no passado recente como no presente de enunciação, não tinha condições para os receber digna e igualitariamente, relegando-os e confinando-os a guetos-bairros de segunda categoria. Disso mesmo é exemplo o Bairro 1º de Maio, que serve de pano de fundo a este romance e cujo assunto António Lobo Antunes, em entrevista a Rodrigues a Silva (2006), apresenta nos seguintes termos: “um grupo de miúdos negros ou mestiços, nascidos em Portugal e que não pertencem a Portugal, nem a África. O livro é sobre um gang desses miúdos que assaltam, roubam, etc. Um gang que a Polícia persegue e que vai tentando matar um a um. Crianças de 12/13/14 anos”.
Falar em diáspora na obra antuniana, ou de viagem de regresso a uma pátria que lhes não cabia, implica ainda convocar As naus, inicialmente pensado como O Regresso das Caravelas (título já registado por Vitorio Kali). Em processo de desmistificação da grandiosidade da História e da raça de um conjunto de heróis portugueses – uma e outros esvaziados de honra e glória e proveito histórico, recuperam-se para um presente que é o do tempo da descolonização, nomes de importantes figuras do tempo pretérito português (entre outros, D. Manoel, Nuno Álvares Pereira, Vasco da Gama, Manoel de Sousa Sepúlveda, Diogo Cão, Pedro Álvares Cabral, Luís de Camões ou Fernão Mendes Pinto). Do reajuste e reescrita paródicos dos seus conhecidos percursos históricos (em estratégia que não enjeita o cómico), constrói-se uma narrativa antiépica que dos heróis do passado faz retornados das ex-colónias que, como sucede em outros romances, regressam a um país sem sentidos, ao qual parece não valer a pena voltar.
De acordo com o exposto, talvez não pudesse ficar sem escrever um romance como Até que as pedras se tornem mais leves que a água, que, no retomar do tema da morte do patriarca, em concomitância com o do regresso (no caso, o regresso da sua comissão em Angola de um alferes que consigo traz um filho adotivo), permite uma riquíssima leitura simbólica. Assim, depois de (ou em simultâneo) nos ser dada a recoleção das mais variadas atrocidades cometidas em terras africanas, é-nos franqueada a entrada no universo íntimo das consciências que estruturam a obra: a do pai branco, que, incapaz de esquecer “o horror de Angola” (p. 101), tranquilamente aceita a morte que lhe estava destinada, porque, como se lê no excerto em que as vozes dos dois se mesclam, não é possível perdoar “as orelhas cortadas, as mãos cortadas”, as aldeias e os corpos incendiados, os tiros e o barulho dos tiros (p. 327); a do filho preto, que, apesar de se debater entre os afetos e os desafetos por aquele que o poupou da morte, ou entre a pena e a sede de vingança progressivamente acordada, acaba por preferir a última, matando o próprio pai, como se, desse modo, em derradeira instância, por transferência, assassinasse a própria Pátria, a guerra e o racismo que ela representa(ou): “não foi nenhum porco que veio da pocilga (…), foi o meu pai”. Um pai, jura, a quem não queria fazer mal, por ter tomado conta dele, por gostar dele: “não foi o meu pai que eu matei, foram os tiros e a guerra, o gasóleo, o fogo, foi a lembrança do alferes paraquedista junto à ponte, foram os fios de tropeçar, foram as minas saltadoras, foi o general no cais (…), foi isso apenas, senhores, a alegria de irem servir a Pátria, foram os pretos que a polícia política obrigava a abrir a cova para lhes fazer saltar a cabeça lá dentro, para os ver pular contra as paredes de terra até se imobilizarem por fim, foram os choques eléctricos nos testículos, foi a broca do dentista num dente são, foram os palitos sob as unhas, foi o psicólogo no círculo do hospital – Isto não pode ter acontecido” (p. 453).
Citações
“Porque camandro é que não se fala nisto? Começo a pensar que o milhão e quinhentos mil homens que assaram por África não existiram nunca e lhe estou contando uma espécie de romance de mau gosto impossível de acreditar, uma história inventada que a comovo a fim de conseguir mais depressa (…) que você veja nascer comigo a manhã na claridade azul pálida que fura as persianas (…). Há quanto tempo não consigo dormir? (Os cus de Judas, p. 69)
“Foi no Brasil, um ou dois anos depois da revolução, que percebi que Portugal, tal como os comboios do meu pai, não existia. Era uma ficção burlesca dos professores de geografia e de história, que criaram rios e serras e cidades governadas por sucessivas dinastias de valetes de cartas, a que se sucederam, após meia dúzia de estampidos chochos de barraca de tiro, sujeitos de barbicha e lunetas aprisionados em retratos ovais, observando o Futuro na miopia severa dos eleitos, para tudo se diluir na branca paz sem relevo nem contornos do salazarismo, durante o qual a minha família prosperou como o caruncho no pau, devorando a serradura de fábricas e montes. Entendi no Brasil que as pessoas geralmente pobres, baixas e escuras, que se exprimiam da mesma forma que eu falo, não passavam afinal dos valetes dos professores de história despidos da sua colorida condição de baralho, transportando em São Paulo, sob o braço, atados com cordéis, os embrulhos das suas minúsculas esperanças”. (Auto dos Danados, p. 118)
“(soldados marchas militares armas prisões a minha sogra e as cunhadas em Espanha em hotéis de terceira ordem nos arredores de Madrid sem malas de viagem sem passaporte apavoradas tentando ligar para Lisboa sem que lhes respondessem tentando ligar para a herdade e os camponeses a insultarem-na aos berros a minha sogra e as cunhadas em Espanha com vários casacos de peles uns por cima dos outros com vários relógios de ouro em cada pulso e os irmãos da minha sogra humilhados por civis de pistola na companhia de seguros humilhados por civis de pistola no Guincho os irmãos da minha sogra transportados em camionetas de talho para Caxias para Peniche para Vale de Judeus)”. (O manual dos inquisidores, p. 21)
“a Lena regressou a pouco e pouco de dedos estendidos para o cesto do pão /– Já não vês os teus irmãos há quinze anos / de forma que de repente me dei conta do tempo que passara desde que chegámos de África, das cartas da minha mãe da fazenda primeiro e de Marimba depois, quatro cubatas numa encosta de mangueiras (lembro-me da moradia do chefe de posto, da loja, de ruínas de quartel a naufragarem no capim) / (…) falando-me do que não queria ouvir, a fazenda a vida dela (…), não me interessa Angola cheia de pretos na fortaleza, no palácio do Governo e nas cabanas da ilha refastelados ao sol a julgarem-se nós (…)” (O esplendor de Portugal, pp. 13-14).
“Passara por Lixboa há dezoito ou vinte anos a caminho de Angola e o que recordava melhor eram as discussões dos pais na pensão do Conde Redondo onde ficaram entre tinir de baldes e resmungos exasperados da mulher. (…) E agora que o avião se fazia à pista de Lixboa espantou-se com os edifícios da Encarnação, os baldios em que se edificavam pianos despedaçados e carcaças rupestres de automóvel, e os cemitérios e quartéis cujo nome ignorava como se arribasse a uma cidade estrangeira a que faltavam, para a reconhecer como sua, os notários e as ambulâncias de dezoito anos antes” (As naus, pp. 12-13).
“acredito que me olhem como os do Bairro me olhem cuidando-me branca eu que não era branca nem mestiça nem preta, era escarlate e lilás, do mesmo modo que não falavam comigo, arredavam-se quando ele não estava no seu canto do estrado lançavam no quarto / (Onde moro o que não falta são quartos) / para chamar quartos àquilo, bicos mortos, canecas, uma ocasião um tiro e a panela a animar-se e a tombar consoante tombarei partindo o colar que me resta mal a pastilha me encontre o coração, comprei-o não sei onde a um vendedor ambulante, conta a verdade, não mintas” (O meu nome é legião, p. 110).
Bibliografia Ativa Selecionada
Antunes, António Lobo (2004 [1979]), Memória de elefante. 22ª ed. / 1ª ed. ne varietur, Lisboa, Dom Quixote.
— (2004 [1979]), Os cus de Judas. 25ª ed./1ª ed. ne varietur, Lisboa, Dom Quixote.
— (2004 [1980]), Conhecimento do inferno. 14ª ed./1ª ed. ne varietur, Lisboa, Dom Quixote.
— (2004 [1981]), Explicação dos pássaros. 11ª ed. / 1ª ed. ne varietur, Lisboa, Dom Quixote.
— (2007 [1983], Fado alexandrino. 11.ª ed. / 1.ª ed. ne varietur, Lisboa, Dom Quixote.
— (2005 [1985]), Auto dos danados. 18.ª ed./ 1.ª ed. ne varietur, Lisboa, Dom Quixote.
— (2006 [1988]), As naus. 6.ª ed./ 1.ª ed. ne varietur, Lisboa, Dom Quixote.
— (2008 [1992]), A ordem natural das coisas. 3ª ed. / 1ª ed. ne varietur, Lisboa, Dom Quixote.
— (2008 [1994]), A morte de Carlos Gardel. 4ª ed. / 1ª ed. ne varietur, Lisboa, Dom Quixote.
— (2005 [1994]), A história do hidroavião, ilustrado por Vitorino, Lisboa, Dom Quixote.
— (2005 [1996]), O manual dos inquisidores. 10ª ed. / 1ª ed. ne varietur, Lisboa, Dom Quixote.
— (2007 [1997]), O esplendor de Portugal. 4ª ed. / 1ª ed. ne varietur, Lisboa, Dom Quixote.
— (2003), Boa tarde às coisas aqui em baixo. 1ª ed. ne varietur, Lisboa, Dom Quixote.
— (2005), D’este viver aqui neste papel descripto. Cartas da Guerra, Maria José Lobo Antunes e Joana Lobo Antunes (org.). Lisboa, Dom Quixote.
— (2007), O meu nome é legião. 2ª edição ne varietur, Lisboa, Dom Quixote.
— (2017), Até que as pedras se tornem mais leves que a água. 1ª ed. ne varietur, Lisboa, Dom Quixote.
Bibliografia Crítica Selecionada
Arnaut, Ana Paula (2009), António Lobo Antunes. Lisboa, Edições 70.
— (org. e ed.) (2011), António Lobo Antunes: a crítica na imprensa. 1980-2010. Cada um voa como quer, Coimbra, Almedina.
Blanco, María Luisa (2002), Conversas com António Lobo Antunes. Trad. Carlos Aboim de Brito, Lisboa, Dom Quixote.
Cabral, Eunice / Jorge, Carlos / Zurbach, Christine (orgs.) (2003), A escrita e o mundo em António Lobo Antunes, Actas do Colóquio Internacional António Lobo Antunes da Universidade de Évora (14 a 16 de novembro de 2002), Évora, Publicações Dom Quixote.
Cammaert, Felipe (org.) (2011), António Lobo Antunes: A arte do romance. Lisboa, Texto Editores.
Cardoso, Norberto do Vale (2011), A mão de Judas: representações da Guerra Colonial em António Lobo Antunes. Alfragide, Texto Editores.
Ghitescu, Micaela (org. e trad.) (2005), Colóquio António Lobo Antunes na Roménia / Colocviu António Lobo Antunes în România / Colloque António Lobo Antunes en Roumanie. Bucuresti, Fundatiei Culturale “Memoria”.
Mendes, Victor K. (ed.) (2011), Portuguese Literary & Cultural Studies, nº 19/20 (Facts and fictions of António Lobo Antunes). Massachusetts Dartmouth, Tagus Press / University of Massachusetts Dartmouth.
Ramos, Ana Margarida (2003), “Vias da literatura infantil contemporânea: o caso de A história do hidroavião de António Lobo Antunes”, Rumos da narrativa breve. Aveiro, Centro de Línguas e Culturas-Universidade de Aveiro, pp. 93-106.
Seixo, Maria Alzira (2002), Os romances de António Lobo Antunes. Lisboa, Dom Quixote.
— (2010), As flores do inferno e jardins suspensos (Vol. II de Os Romances de António Lobo Antunes). Lisboa, Dom Quixote.
Autor(a): Ana Paula Arnaut | Ciencia Vitae
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